O Odiado

terça-feira, 11 de novembro de 2008

[Analise] Castlevania Order of Ecclesia

Castlevania é uma daquelas séries que é caracterizada pelos seus altos e baixos, houve jogos excelentes, sublimes, autenticas peças de arte videojogavel, e houve jogos que eram tão maus que ate magoava acreditar que aquilo fazia parte do franchise, mas grande parte desses eram só os jogos em 3D, uma coisa em que nunca (ou raramente falhou) foi a qualidade dos jogos em 2D, vamos ser honestos, há jogos que não foram feitos para pertencer ao mundo 3D, e a prova viva disso é Castlevania Order of Ecclesia, um jogo que apesar de todas as limitações da consola não deixa de ser um grande titulo, muito melhor do que muitos grandes jogos que saíram ultimamente.

Historia nunca foi o forte da saga de Castlevania, e Order of Eccelesia não é diferente, embora haja uns "plot twists" pelo meio e algumas revelações chocantes, a historia não deixa de ser simples e perfeitamente banal. Neste jogo encerramos Shanoa, uma rapariga que esta ligada a uma organização chamada Eclessia, essa mesma organização apareceu depois da "extinção" da família Belmont, para por fim aos planos do Conde Dracula. Uma coisa notável sobre a Shanoa é que ela não possui qualquer tipo de emoções, embora estranho a verdade é que as suas emoções foram usadas para criar o mais poderoso de todos os gylphs, Dominus (Lord em latim) o único que pode causar dano no Conde Dracula, mas Albus, um amigo de infância de Shanoa, rouba as 3 peças do Dominus e é a nossa missão no jogo recupera-las. As premissas para a historia são espectaculares, é pena é que a Konami as tenha aproveitado mal, sem qualquer duvida, este jogo beneficiária de um historia solida e bem formada por detrás de um já competente e notável jogablidade.

Assim é, a gameplay sempre foi o ponto mais forte de todos os jogos Castlevania, e Order of Eclessia não é diferente, neste jogo usamos um novo tipo de arma chamado gylph, os gylphs são objectos que premitem a transmutação de armas e de feitiços, este novo sistema de armas esta longe de ser perfeito, demora-se algum tempo a habituarmo-nos as teclas e ao timing certo com o qual podemos usar as diferentes armas, mas depois de 2 horas de jogo já somos mestres em controlar os glyphs. Ao contrario de diferentes titulos de Castlevania, Order of Eclessia apresenta um diferente tipo de mapa, invês de um mundo grande e completo, temos as areas de jogo divididas em pequenas proções, o que é intressante mas de uma maneira ironica parte um pouco o espirito da saga. Independentemente de qualquer pequena imperfeição a jogablidade é sem duvida o ponto mais alto do jogo, e apesar de todas as suas pequenas falhas não deixa de ser o que sempre foi, competente e bem desenvolvida.

Ao olharmos para Castlevania OoE a primeira coisa que notamos é a sua incrível qualidade gráfica, os sprites são notavelmente detalhados, já não há a reciclação barata dos sprites de Symphony of the Night, bem na verdade há mas posso contar pelos dedos os inimigos que vi neste jogo com sprites de SotN. Desde os personagens principais ate aos mais míseros inimigos, todos os sprites estão imbuídos de uma radiante personalidade, e não só os inimigos mas também os cenários e os efeitos das armas mostram um verdadeiro e notável detalhe, criar tal beleza não deve ter sido um trabalho fácil, mas sem qualquer sombra de duvida valeu todas as horas gastas nele.

A banda sonora de Castlevania, salvo raras tracks, não merece ser aplaudida, mas também não merece ser apupada, é competente em termos de que as tracks combinam bem com o cenário mas, salvo raras excepções, não chega a transmitir bem o sentimento de área em que nos encontramos, é pena pois a tracks que conseguem transmitir bem o sentimento da área, mas grande parte não o faz, se a Konami tive-se gasto um pouco mais de tempo a trabalhar na musica este jogo poderia ser ainda mais espantoso do que já é.

Depois da desilusão que foi Portait of Ruin, tinha as minhas duvidas sobre a qualidade deste jogo, mas duas horas de jogo depois elas foram todas apagadas. Castlevania alem de ser divertido de jogar é um jogo dificil e desafiante (cheguei a ficar dois dias preso num boss), e surpreendentemente longo, mesmo depois de acabada a historia ainda há modos de jogos especiais e side-quests para serem feitas. Castlevania Order of Eclesia é um jogo extraordinariamente bom, uma representação quase perfeita do que é um bom jogo de Castlevania, compra obrigatória para qualquer possuidor de uma DS.